quarta-feira, 25 de maio de 2011

Дерево и кошка (A Árvore e o Gato), Kievnauchfilm


Diretor: Ye. Sivokon
Duração: 9'30''
Nacionalidade: Soviético
Ano: 1983

Antes de tudo, me perdoem, mas não consegui achar com legenda em português. Se não entenderem russo, nem o básico do inglês, assistam mesmo assim.
A Árvore e o Gato é uma animação soviética de 1983. É o tipo de filme que não se faz mais, mesmo. Primeiro porque não existe mais o estúdio, segundo porque não existe mais União Soviética, terceiro porque não é mais 1983.
A história é linda, de chorar (eu chorei). É sobre uma árvore alta, orgulhosa e forte, que nunca amara ninguém, ou florescera. Um dia um gato é abandonado a seus pés. O gato, embabascado com sua imponência, a pergunta da solidão, da tristeza, do medo. A árvore muito indiferente responde que não sente nada disso e o convida a aprender como viver assim, passando algum tempo com ela, observando. O gato aceita.
E o que se segue eu obviamente não vou contar para não acabar com o fim do filme.
Assistam aí e chorem também.Depois comentem, façam o favor. Impossível esse tanto de visualização e ninguém ter um comentariozinho pra fazer.

Link para assistir: http://www.youtube.com/watch?v=6zh3C-D9KpQ

sábado, 14 de maio de 2011

Café com leite, Daniel Ribeiro

Diretor: Daniel Ribeiro
Duração: 18'
Nacionalidade: Brasileiro
Ano: 2007
Com: Daniel Tavares, Diego Torrac e Eduardo Melo

Um amigo meu disse que é difícil a gente se acostumar quando as coisas mudam, mas no fim... sei lá...
E é verdade, tem mudança que dói, dói um montão.
Danilo e Marcos tinham vários planos. Planos de casamento, de casa, de viagem, de vida. Mas veio uma mudança dessas que machuca, dessas que não tem volta. Os pais de Danilo morreram e ele se viu cheio de responsabilidades que não estavam nos seus planos. E essas responsabilidades tem nome: Lucas, seu irmão.
É bonito de ver como eles tentam se acostumar. Criar uma criança. Namorar alguém com essa responsabilidade. Ser criado pelo irmão com seu namorado gay em casa. São desafios complexos, que envolvem escolhas complexas.
O filme conseguiu amontoar várias temáticas complicadas em torno de uma trama simples e cotidiana de convivência familiar e isso lhe rendeu zilhões de prêmios e fama. Sem brincadeiras, a lista de prêmios é maior que o filme e quando você digita C-A-F-E-C-O no google já aparece "café com leite curta".

Link para assistir: http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=5673&exib=5937

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Camiseta (Tričko), Hossein Martin Fazeli.



Diretor: Hossein Martin Fazeli
Duração: 10'48''
Nacionalidade: Eslovaco
Ano: 2006
Com: ?

Quando um americano e um eslovaco, diante de uma bandeira dos Estados Unidos e um taco de baseball, se encontram unidos diante dos mesmos interesses, aparentemente uma bela amizade está por vir. Não necessariamente.
Uma camiseta, que a uma primeira vista mostra-se "religiosa", a uma segunda toma um caráter ofensivo. Um americano, que a uma primeira vista mostra-se amigável, torna-se repulsivo. O eslovaco, que apresenta-se de forma pacata, torna-se feroz.
A Camiseta, de Hossein Martin Fazeli transcorre sobre o fanatismo, que quando apresentado sob o idioma inglês, a bandeira americana e o cristianismo, torna-se orgulho nacionalista a vista dos alheios, mas que quando associado ao oriente médio e suas correntes religiosas e patrióticas, torna-se terrorismo.
Marck Pollack, americano filho de uma Eslovaca, em visita ao país de sua mãe, decide por parar em uma pequena mercearia, onde encontra Thomas Dupcek, um pacato rapaz, amante do baseball. Cumprimentam-se, trocam informações, marcam uma partida de baseball. Thomas até recebe um elogio pela sua camiseta, na qual aparece o começo de uma frase que diz "Deus está..."
Segundos depois, o pacato eslovaco se vê deparado com uma arma, sacada por Marck que, ofendido com o conteúdo da camiseta de Thomas, não vê meio melhor de retratar a situação do que obrigar seu novo amigo a pedir-lhe desculpas pelo insulto. O conteúdo total da camiseta? "Deus está... Morto. Nietzsche".
Vemos, neste curta, paralelos sendo constantemente traçados, seja pelo nome de Thomas, que remete ao passado, quando a Eslovaquia, junto com a República Checa, fazia parte da Tchecoslováquia. Seja pelo americano que assume postura terrorista, seja até mesmo pela camiseta...
E se, além dessas duas primeiras vistas, houver uma terceira? E se nem tudo for o que parece?

Link para assistir: http://www.youtube.com/watch?v=JNEncCXCOVk

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Angst, Emiel Penders

Diretor: Emiel Penders
Duração: 6'33''
Nacionalidade: Holandês
Ano: 2005
Com: ninguém

*ok, super traí o movimento dos filmes brasileiros no blog.*

Angst é uma animação em preto e branco, no melhor estilo Tim Burton. A história é de um menino, seu cachorro e o vento. O vento está para o menino como a Lei de Murphy está para todos nós. Se alguma coisa pode dar errado, vai dar. Você pode acompanhar pelo curta vááários acontecimentos que fazem o pobrezinho se traumatizar: de quedas a vexames passando por incêndios. Até que por fim, por amor, por pena, por caridade, por ilusão, (insira aqui mais razões opcionais), por isso ou aquilo ele supera, ou tenta superar, o trauma.
A Trilha Sonora merece atenção.

Link para assistir: http://www.youtube.com/watch?v=pAH4klqLTXg
Link para o site do Emiel Penders, caso queira ver mais de seus pequenos filmes: http://emielpenders.nl

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Clarita, Thereza Jessouron



Diretor: Thereza Jessouroun
Duração: 14'23''
Nacionalidade: Brasileiro
Ano:2007
Com: Clarita Martin Jessoutoun e Laura Cardoso

O que fazer quando se descobre que a base de nossa estrutura familiar é abalada pelo mal de Alzheimer? Clarita, a personagem real deste documentário, há anos sobrevive banida entre os recantos de sua cabeça.
Com direção de Thereza Jessouroun, filha de Clarita, o filme aborda os vários estágios da doença, não só na pessoa que atinge, mas sim no antro no qual esta vive. O filme traça um paralelo entre o processo de alienação, do doente, e o processo de aceitação e adaptação por parte dos parentes próximos.
Uma senhora, que ao fim de sua vida, após os longos e árduos anos como mãe de uma família de classe média, encontra-se diagnosticada com a doença. Tendo ainda consciência e vergonha de sua situação, metida em tamanha confusão mental, se cai em contradição, voltando, assim, as suas origens, retomando a infância, mas em um processo inverso, no qual se esquecem as palavras, os modos, a sua própria história.
Com o tempo, Clarita encontra-se ainda mais debilitada, abandonando a fala, e por fim as memórias, recebendo como recompensa por este abandono involuntário uma aproximação maior por parte de sua filha Thereza, até os dias atuais, quando já debilitada e sem a capacidade de andar, encontra-se deitada sobre uma cama, a qual somente abandona para ir ao banheiro, ou sentar-se em um poltrona, isso tudo com a ajuda de uma enfermeira.
Com a atuação de Laura Cardoso, e narração de Thereza Jessouroun, além de imagens da própria Clarita Martin, o filme mostra claramente o processo de animalização do portador do mal de alzheimer, e a dificuldade de adaptação do mundo atual a essas pessoas, além de fazer um profundo questionamento sobre a vida. Quem somos nós? Será que somos realizados? Seremos, algum dia? Quais os nossos propósitos? Os nossos valores? Quem somos nós?

Link Para Assistir: http://portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=7648&exib=5937